terça-feira, 21 de setembro de 2010

E não há limites...

A cada dia que passa, e me deparo com o ser humano, vejo o tamanho da sua criatividade, da diversidade que estou inserido e da pluralidade em que me encontro. Como um ser pode se expressar de tantas maneiras: ser tão bom e ruim com a mesma intensidade; ser solidário e egoísta, cortez e desprezível, ser eterno e efêmero com mesmos gêneros, número e grau ? "Como posso acordar um dia pensando na pessoa que se foi e dormir lembrando da pessoa que conheci - hoje à tarde", e ver o quanto eu estava perto - o quanto eu estava longe!? A vida tem seus caminhos, seus rodemuinhos e seus dias de flores - (obviamente desejamos que todos sejam bons, felizes e perfeitos).Mas aonde está essa perfeição que tanto se busca? Sabemos pois, o tamanho da imperfeição que nos assola! anda-se de um lado para o outro buscando algo a mais nesse mundo, pois éh! talvez esqueçamos que vivemos numa "bola-gigante-giratória" e que ainda compartilhamos de um mesmo "lar doce lar".
O homem que se completa no poder, no amor, no status - e se completa na riqueza e da discrepância dos seus dias. Tal homem que se definha no seu ego, arde-se em ciúmes, exacerba-se na arrogância e se suicida na luxúria de seus prazeres insanáveis. Dá-se conta da insanidade, descontrole e autodestruição tamanha que uma pessoa pode chegar! - isso se podemos chamar de lugar.
Compreendo eu na minha ignorância e análise dessa deixa psicológica uma fenda que talvez se veja pouca luz. Vejo o problema do homem distorcido no que se diz a Limites - e me levo ao entendimento que tal homem tem o âmbito de querer sempre superá-lo, transgredi-lo e burlá-lo de alguma maneira que não o faça sentir-se impotente ou não ser o centro das atenções. A lei foi feita pra ser cumprida, diz-se assim no entendimento da norma constituinte - Carta Magma (Constituição de 1988), o que lhe foi dito há milhares de minhares no jardim do Éden:  - E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente ,mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.(Gs.2: 16-17). E tal cerceamento que é posto pelo poder não limita o ser - mas o libera pra ser. O homem necessita de liberdade pra viver mas está enclausurado em uma prisão de si mesmo, de limites impostos pela incapacidade de não fazer o bem, de não fazer o que lhe é devido e correto.
Diante de tanto, creio eu ainda no ser que opera em mim mais do que eu à mim próprio; acredito na criatura "semelhante à Deus" que existe em nós - sei e sinto que o própio Deus crê que somos capazes de enfrentarmos a angústia do arrependimento, a força da mudança e da dor que nos separa, nos tornando distântes do paraíso (não o do Éden), mas do mundo distorcido que criamos dentro de nós.
Como ser humano incluído no sistema ao qual me deparo não posso me auto-definir, muito menos devo rotular a mim ou a ti, mas preciso acreditar num ideal, ter uma personalidade e buscar algo que não me limite, mas me faça crescer como pessoa. Ser mais cuidadoso, menos incrédulo - mais paciente e menos covarde pra aceitar o próximo em suas diferenças, em suas desavenças - cada um tem um jeito melhor de dizer que ama; cada um no seu cada qual - cada parte que completa cada um, cada ser, e cada vida que se passa e se completa no seu modo de crer, no seu modo de estar e de haver.

Bruno Rangel

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Eu sou, tu és, ele é...


Quem sou eu? È um pergunta que devíamos fazer todos os dias quando abrimos os olhos para mais 24h de nossa ocupação nesse espaço terrestre. Quem você é agora não está mais em jogo, mas sim, quem eu quero ser quando crescer, e o que eu faço para ser uma pessoa melhor que ontem, e amanhã melhor que hoje. O que importa mesmo é o diferencial das nossas ações, das reações implícitas e muitas vezes mascaradas diante de tanta hipocrisia. Apenas viramos a cara para o que não esta diretamente ligado ao nosso ego, e continuamos nossa jornada sem olhar para tangente. Com falsa modéstia, por muito, portamo-nos como altezas não querendo ser incomodados com o paupérrimo ser que nos pede alimento, dinheiro, drogas e abrigo. Pedindo-nos atenção, um pouco de frio, um bocado de calor, um gole d’água por favor, nos pedindo vida. Damos meia volta em nosso jardim e nada que foi passado será lembrado, há não ser que nos tenha sido roubado, matado, furtado e nossos bolsos rasgados em nosso egocentrismo corrompido pela falta de segurança que eu mesmo não me precavi de tê-la; arrancando de todos os pedires um socorro! - Olhem para mim, não sou eu quem escolheu meu paradeiro, não sou digno de polir-me com seu ultraje, nem tampouco com seus sapatos, e estou sujo, feio e semi-analfabeto. Embora todos esses não classifiquem meu ideal, estou ainda pedinte, estou mendigo e ladrão. Mas não sou chamado de Vossa Excelência pelos que me estendem as mãos, sou eu ainda condenado, mesmo ajudado, um coitado que talvez tenha uma chance de viver nesse mundo de salteadores de vidas. Acredite! Eu fui roubado primeiro! E muitas vezes ainda cientes desses fatos não pouco fictivos em nosso bem estar, somos incapazes de fazer apenas a nossa parte como cidadãos, como irmãos e como seres humanos lutando pelo bem geral. Vivemos uma vida morna e mesquinha, sem nem ao menos lutarmos por um futuro melhor para nossos “filhinhos” – não esses afins – mas todos aqueles que herdarão os frutos de nossos contratempos e tempos dedicados em si mesmo. Para Toda ação há uma reação – já dizia nosso caro Newton; Pois tudo que se faz hoje reflete no amanhã – reflete em mim, em ti, reflete no mundo. E quem eu sou continua sendo uma pergunta ínfima diante de tantas outras que nem nos tiram o sono, porque ainda o sou também, pequeno tão quanto ao que recolho as mãos. Mas somos do tamanho daquilo que desejamos ser. E se pensarmos pequeno – nosso mundo será pequeno, mas se pensarmos grande – nosso mundo será grande; do tamanho que meus pensamentos alcançam ou do tamanho que eu acredite que ele ainda possa chegar, no eu que plantei hoje para um amanhã modificado, pronto pra mudar e ser mudado novamente.

Bruno Rangel

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Somos feitos de silêncio e som...

Somos feitos de tantos sentimentos! Uns até se embolam dentro da gente nos confundindo. Pois não sabemos dar nomes a todos os sentimentos que há dentro de nós! Na verdade na língua portuguesa, podemos detalhadamente especificar mais de duzentos sentimentos que o homem possui.
A psicologia trabalha dentro dos mais importantes, mas não descarta os outros que sentimos, embora não saibamos classificar os que realmente sentimos, costumamos taxativamente nomeá-los com palavras mais usuais como: felicidade - tristeza; amor - ódio; bom e ruin. E por aí vamos reduzindo os sentimentos em pequenas palavras que habituamos a falar.
É por esse motivo que as pessoas fazem escolhas, por muitas vezes erradas na vida. Por não saberem ao certo o que sentem, elas amam estando apaixonadas, ficam com raiva estando com ódio, ficam tristes estando decepcionadas - Está certo que alguns são bem parecidos - não excluo nenhuma hipótese da difusão entre eles -  más "paixão“ não tem nada a ver com “amor” e “saudade” nada a ver com “carência”; “remorso” nada a ver com “arrependimento!” – Pois as conseqüências destes, embora sintomaticamente parecidos, apresentam resultados muito diferentes. Entendeu.. agora?! Bom, é apenas uma teoria, mas baseada, é claro, em fatos bem reais e muito comuns.
Estamos diante de uma turbulência emocional que acontece dentro da gente! Por exemplo: Quando Jesus pergunta a Pedro: Pedro! tu me amas? - ele responde: sim Senhor - eu te amo! Más embora Pedro tivesse a certeza de que amava Jesus, Ele sabia que o sentimento de Pedro se limitara em alguns bem semelhantes. Talvez de temor, admiração, fé e muitos outros. Mas Jesus não o perguntou sobre nenhum desses, pois sabia realmente o que Pedro precisava e o que sentia por ele.
Cheguei à conclusão de que levamos tempo para amarmos alguém! E esse sentimento tem de nascer inerente a outros sentimentos que levamos na bagagem do nosso coração e da convivência entre ambos. Admiração, amizade, respeito... são apenas alguns que podemos descrever. Mas Jesus teve que perguntar três vezes, até outro sentimento – “tristeza” - mostrar a Pedro que ele amava a si próprio e não à Jesus como a si mesmo!. rs..
Legal esse raciocínio não é?! eu gostei bastante! - E agora? que tipo de sentimento expresso? Vaidade, orgulho ou auto-suficiência? Modéstia?! Quem sabe né? talvez todos! Talvez nenhum destes! rs..
Acho que preciso de um médico! Quer dizer: de um Psicólogo! - que seja! Precisamos de Jesus - Ele é tudo que conseguimos expressar de bom em nós! - isso é fato! E não há dúvidas quanto a isso! rs.. Abraços! E até outro pensamento!

Bruno Rangel

“Semideuses”


Olá,
É ótimo quando temos amigos com quem dividir nossos dias nublados e de Sóis. São dias em que temos o compartilhar da vida, da natureza, o compartilhar dos melhores momentos e que não voltam mais. E cada segundo se passa, não os contamos, mas a vida continua sendo tão depressa, o tempo não nos aguarda! Pois enfrentamos nossos sonhos com ansiedade de chegarmos a um lugar melhor! Mas que bom que a vida não se resume em alcançarmos apenas meros desejos! Pois todos esses se vão um dia! – “são efêmeros!” - Importa sim, que nós tenhamos alguém do lado de lá, que pesará todos os nossos dias.
E para quem nós damos a maior valor? Não nos esqueçamos do Pai, nem do pródigo filho; lembrêmo-nos de quem soprou um dia em nós, e nos deu o fôlego do compartilhamento! Lembremo-nos de quem espera que nossos sonhos sejam realizados, pois estamos à véspera do amanhã, estamos entre a vida e o que há do lado de lá da vivência, do futuro, do bem que damos de nós mesmos, do ser que grita dentro de nós na perspectiva de vivermos intensamente, nessa bravura dos nossos tão "ditos" sonhos realizáveis. Somos um fragmento de um ser extraordinário chamado Deus, semideuses?! Talvez! Mas se há realmente dentro de cada um de nós uma parte do “corpo de Cristo" somos muito mais do que simples mortais esperando a inexorável morte chegar.

Bruno Rangel